Caixas e caixinhas

segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

Indecisa...


É verdade que há pessoas muito pragmáticas e que consegue em poucos instantes tomar uma decisão, acertada muitas vezes, e fazem-no com uma convicção invejável! Eu, decididamente, não pertenço a esse grupo... Ainda mais quando se trata de tomar decisões sobre pormenores que nos vão marcar toda a vida.

Decidir todos os pormenores de um casamento não é algo que se faça de ânimo leve. Ou talvez seja para quem tem um orçamento ilimitado à diposição... ou para quem tem muito tempo para fazer pesquisas, para "correr as capelinhas todas", comparar tudo e mais alguma coisa! Aí sim, talvez se encontre as melhores opções mas mesmo assim com a probabilidade de algo correr mal...


O tempo não joga a nosso favor... E tenho que decidir qual o caminho a percorrer... É por aqui? Será por alí? Isto vai dar a um beco escuro ou a um prado florido? Sinto que organizar um evento desta importância é um autêntico tiro no escuro... E esta fase tão bonita acaba por se tornar angustiante...
Nós, noivos, sentimos-nos tão sozinhos...
Eu, noiva, sinto-me tão sozinha...sem ti...

sexta-feira, 12 de janeiro de 2007

Noitada


Desengane-se quem pense que fui para a vulgarmente designada night. Para mim, este termo não é equivalente a ir para a discoteca beber uns copos e dançar e sobretudo divertir-me. Nada disso. Conto pelos dedos das minhas mãos as vezes que saí à noite para me divertir -não tenho resistência. E curiosamente esta minha incursão nocturna teve a sua fase mais acentuada nos meus tempos de universidade. Estou a referir-me às noites que passei em claro, contrariada pois claro!, a acabar um trabalho para entregar no dia a seguir.
Passaram-se os anos. Tinha prometido a mim mesma que depois de acabar o curso, não ficava nem mais uma noite sem dormir! "O que não conseguir acabar hoje, faz-se amanhã."
Nesta semana, já é a segunda noitada que faço. E hoje, depois de jantar em casa da minha mãe e de ela aconselhar-me a ir descançar, resolvi telefonar ao meu "sócio" a pedir a opinião dele sobre o andamento do trabalho que tenho que apresentar amanhã ao início da tarde. Também ele me aconselhou a ir dormir para casa. Relembrou-me que o meu horário de trabalho é das 9 às 18h e que amanhã de manhã tinha tempo para acabava o que faltava.
Estava decidida a ir para casa. Enquanto esperava no semáforo, lembrei-me que podia ter uma das minhas já habituais insónias e que não tinha nada em casa que pudesse fazer para adiantar trabalho, se de facto não conseguisse dormir. O semáforo ficou verde. Numa fracção de segundos, o meu instinto obrigou-me a seguir em frente, deixando para trás o caminho até casa. Passei junto ao escritório mas não havia estacionamento. Mas em vez de desistir e retomar o percurso até casa, voltei a dar mais uma volta ao quarteirão e por fim lá consegui um lugarzinho para estacionar o carro pertíssimo do meu escritório. A intenção era subir, imprimir umas folhas e levar para casa que assim, podia ir corrigindo e acrescentando alguma coisa que me lembrasse, aconchegada nos meus lençóis, pensei eu... Mas fui ficando, ficando...
O trabalho tomou conta de mim de tal forma que, quando dei por mim, estava envolvida em pedaços de papel, lápis de cor, marcadores e canetas....
Desenhos que materializam ideias sucessivas, catapultadas da minha imaginação e que as mãos querem acompanhar mas que às vezes não conseguem... Então, palavras! Palavras que flutuam nas folhas de papel e que esperam que eu as ancore a linhas decididas ... E música nos meus auscultadores que me fazem flutuar e trautear as canções... E lá fora, a noite serena, sempre tão boa conselheira...
Pois...
Eu até que queria ir dormir mas o meu inconsciente resolver matar saudades dos tempos de universidade!

quinta-feira, 4 de janeiro de 2007

Novo Ano

Diremos que os últimos dias de 2006 não foram dos mais tranquilos, por diversas razões, precisamente por causa do novo ano que aí vinha.
2007 é um ano com muita responsabilidade.
É o ano que em penso casar.
É o ano que marca a afirmação dos valores em que acredito.
É o ano das grandes decisões.
2007 é sobretudo, um ano de consolidação.
- A todos os niveis, mesmo! Pessoal, familiar, profissional...
E quando as espectativas são muitas, é fácil sentirmo-nos desolados quando as bases vacilam e a dúvida e insegurança surgem...
"O rio atinge sempre os seus objectivos porque aprendeu a contornar os obstáculos."
Decididamente, 2007 é um ano de luta. Mas com a certeza que só assim chegarei a bom porto.
O meu desejo para 2007: ser feliz, seja lá de que maneira for!
Bom ano a todos!